quinta-feira, 29 de agosto de 2013

Tragédia na família Pesseghini faz rever educação dos filhos


A mídia dava vasão ao assassinato de cinco pessoas de uma mesma família, naquele momento as autoridades policiais detectavam de indícios de que o filho único e menor, com apenas treze anos  de idade pudesse ser o autor dos quatro homicídios e finalmente ter se suicidado. Parece algo muito distante da realidade de uma família normal, e por isso o crime dividiu opiniões, tanto que muitas pessoas, meros expectadores se manifestaram em seu anonimato totalmente descrentes de ser o pequeno Marcelinho o culpado por aquele cenário trágico que chamou a atenção do Brasil e do mundo.

Nossa cultura deu-nos a ideia de que crianças e adolescentes são "sem opinião e vontade própria", daí pouco se atenta para o desenvolvimento de determinados comportamentos de nossos filhos. Observamos que em sua maioria somos ao extremo ou muito permissivos, ou mesmo repressivos no processo de educação de nossos menores, não chegando mesmo a darmos chance de observar quais as tendências que eles trazem inatos em sua personalidade, pois são espíritos individuais e com vivências próprias.
A ideia preconcebida de apenas ser provedor do lar faz com que muitos pais ou cuidadores se percam quando da transferência de valores morais para nossas crianças. Partindo da premissa de que somos espíritos imortais, carregamos em nós muitos traumas e fobias de longas datas que parecem imperceptíveis no primeiro momento, todavia se buscarmos nos aprofundar de forma cuidadosa vamos "descobrindo" os comportamentos intrínsecos dessas criaturinhas que a Providência Divina nos confiou 
educá-las no sentido mais amplo e integral da palavra. A educação para a vida não se baseia somente na transferência de conhecimentos, mas na vivência da cumplicidade verdadeira entre pais e filhos.
Não podemos negar que a vida corrida do dia a dia afastou em boa parte os membros de uma mesma família que acorda e adormece na tela do computador. Surge nessa sociedade contemporânea uma visão globalizada da família, no entanto o assassinato da família paulista fez rever educação dos filhos, pois no simples ato de uma refeição à mesa que parece apenas um formalismo,  tem feito muito falta para que por um tempo se dialogue. Os compromissos assumidos além do lar provocam certa crise de autoridade em casa, pois a imagem de "pais amigos" muitas vezes é ultrapassada pela visão das redes sociais, onde sem limites geofísicos se pode estabelecer "relações profundas" com uma pessoa no primeiro dia de conversa on line. Essa inversão de valores em muitos casos é responsável pelas crises ocultas que podem acontecer com crianças e jovens que acabam vendo no ambiente familiar um local sem afinidade alguma. No caso do jovem Marcelinho tudo indica que algumas outras causas endógenas foram responsáveis por essa explosão de agressividade, muito embora vinham acontecendo aos poucos essas transformações psicológicas sem que por tanto despertasse a atenção dos pais, demais familiares e ainda aos profissionais da área de educação e saúde, uma vez que o garoto necessitava da tratamento contínuo.

Muitos pais ou cuidadores podem imaginar que possuem total conhecimento e controle sobre a situação que envolva seus filhos, entretanto em verdade como nos ensinou o Cristo é preciso "orar e vigiar". Durante muito tempo se imaginou que o maior vilão na educação dos filhos fosse apenas as drogas, entretanto a modernidade da vida pode ser um grande complicador  do relacionamento familiar se não buscarmos o melhor lado da questão, buscando extrair lições de vida e crescimento de cada contato, de cada encarnação. Devemos nos esforçar para educar com amplo amor, buscando estimular nossos rebentos para que mesmo utilizando das facilidades desse mundo moderno, não permitam serem influenciados de forma negativa. O tempo que é gasto na conversa com os filhos, jamais será demais, pois em verdade ainda será pouco diante das necessidades contínuas de trocarmos experiências uns com os outros. A família desse novo mundo de regeneração, não poderá mais ser aquela que se baseie no medo, mas aquela que se amplie também além dos laços consanguíneos, reforçando-os na certeza de que os laços espirituais sobrevivem sempre e solicitam de nós verdadeiro heroísmo nas lutas diárias. Aos membros da família Pesseghini, nossas vibrações maiores fugindo aos julgamentos e tentando sob a ótica do amor e do perdão, compreendermos que ele, o amor sempre vencerá.

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