sexta-feira, 27 de abril de 2012


Caravana da Fraternidade Regional

Neste dia 27 de abril de 2012, daremos continuidade a Caravana da Fraternidade
 Regional da 6ª Região Federativa, hoje estaremos visitando às cidades de Pinheiro Machado, às 19h00min,e na manhã do dia 28, sábado, às 09h30min,em Candiota, juntamente com aqueles valorosos irmãos disseminadores das idéias Espíritas que
deverão renovar a Humanidade, a partir da mudança comportamental. Nos disse o Professor José Herculano Pires, em seu livro O Homem Novo, oportunamente escreveu: "Enquanto o homem não melhora, o mundo não se transforma. Inútil, pois, apelar para modificações superficiais. Temos de insistir na mudança essencial de nós mesmos." Quando vivemos bem conosco, convivemos bem com os outros, contornando com jovialidade as intempéries dos relacionamentos. Mesmo os conflitos e antipatias, que tenham raízes mais profundas no passado reencarnatório dos envolvidos, podem ser,
se não totalmente resolvidos nessa existência, pelo menos amenizados. Para isso
bastará a vontade e determinação das pessoas, mesmo para a busca de recursos
externos, como em alguns casos, de terapias psicológicas.
Meus amigos, até logo mais.

quinta-feira, 19 de abril de 2012

Aniversário de O Livro dos Espíritos


O Livro dos Espíritos (Le Livre des Esprits) é o primeiro livro sobre a doutrina espírita publicado pelo educador francês Hippolyte Léon Denizard Rivail, cujo pseudônimo é Allan Kardec.
O livro chama-se “O livro dos Espíritos” porque o conteúdo pertence aos “Espíritos”. Allan Kardec apenas formulou as perguntas, mas as respostas foram dadas pelos Espíritos através da mediunidade de várias jovens médiuns. Asmédiuns que serviram a esse trabalho foram inicialmente Caroline e Julie Boudin (respectivamente, 16 e 14 anos à época), às quais mais tarde se juntou Celine Japhet (18 anos à época) no processo de revisão do livro. O primeiro esboço continha 501 perguntas e respostas e foi submetido a comparação com as comunicações obtidas por outros médiuns franceses, totalizando em "mais de dez", nas palavras de Kardec, o número de médiuns cujos textos psicografados contribuíram para a estruturação de O Livro dos Espíritos, publicado em 18 de Abril de 1857, no Palais Royal, na capital francesa. Só a partir da segunda edição, lançada em 16 de março de 1860, com ampla revisão de Kardec mediante o contato com grupos espíritas de cerca de 15 países da Europa e das Américas, aparecem as atuais 1018 perguntas e respostas.
A curiosidade sobre o assunto foi aumentando. Por isso, nasceram as outras obras da codificação a partir de O Livro dos Espíritos que está dividido em quatro partes: 1ª –DAS CAUSAS PRIMÁRIAS, 2ª – DO MUNDO ESPÍRITA OU MUNDO DOS ESPÍRITAS, 3ª – DAS CAUSAS MORAIS e 4ª – DAS ESPERANÇAS E CONSOLAÇÕES. Cada parte virou um novo livro. Vejamos:
1ª PARTE : DAS CAUSAS PRIMÁRIAS: deu origem ao 5º livro "A GÊNESE" (1868).2ª PARTE: DO MUNDO ESPÍRITA OU MUNDO DOS ESPÍRITOS: deu origem ao 2º livro "O LIVRO DOS MÉDIUNS" (1861). 
3ª PARTE: DAS CAUSAS MORAIS: deu origem ao 3º livro "O EVANGELHO SEGUNDO O ESPIRITISMO” (1864). 
4ª PARTE: DAS ESPERANÇAS E CONSOLAÇÕES: deu origem ao 4º livro "O CÉU E O INFERNO”(1865).

domingo, 15 de abril de 2012

DAR AMOR


O panorama do mundo, no momento que se inicia o terceiro milênio não é maravilhoso.
Há milhões de pessoas que estão passando fome. As guerras continuam devastadoras. Os homens disputam pedaços de terra, que chamam de territórios, como se fossem viver para sempre em cima deles. E cada pedacinho fica manchado com o sangue de muitas vítimas.
Há milhões de pessoas sem um teto.
Milhões que sofrem de aids.
Milhões que sofreram violência, de crianças a adultos e velhos.
Milhões de pessoas que padecem de invalidez, seja por terem nascido com a deficiência ou por terem sido vítimas de enfermidades, acidentes ou combates.
Todos os dias, em todo o mundo, mais alguém está clamando por compreensão e compaixão.
Este é o mundo que recebemos do milênio passado. O mundo que construímos.
Agora nos compete construir o mundo renovado do terceiro milênio.
Escutemos o som das vozes de todos os que padecem. Escutemos como se fosse música, uma linda música.
Abramos os nossos corações para todos os que estão precisando e aprendamos que as maiores bênçãos vêm sempre do ajudar aos outros.
Acima de pontos de vista econômicos, de crença religiosa, de cor da pele, aprendamos que todos somos filhos do mesmo pai e nos encontramos na mesma escola: a terra.
Por isso o auxílio mútuo é dever de todos. Podemos não resolver os problemas do mundo, mas resolveremos o problema de alguém.
Não podemos resolver o problema da aids, mas podemos colaborar valorosamente nas campanhas de esclarecimento às novas gerações.
Não podemos diminuir as dores de todos os pacientes, mas podemos colaborar conseguindo a medicação precisa para um deles, ao menos.
Com certeza, não podemos devolver mobilidade a membros paralisados. Mas podemos nos tornar mãos e pernas, auxiliando sempre aqueles que precisam.
Podemos não resolver o problema da fome no mundo, mas podemos muito bem providenciar para que quem esteja mais próximo de nós, não morra à mingua, providenciando-lhe o alimento ou o salário justo.
É muito importante aprender a gostar de tudo o que fizemos.
Podemos ser pobres, e nos sentir sozinhos. Podemos morar em um local não muito agradável, mesmo assim, ainda poderemos colocar flores nos corações e nos alegrar com a vida.
Tudo é suportável quando há amor, único sentimento que viverá para sempre.
***
O amor é a virtude por excelência, seja na Terra, seja em outras moradas do Senhor.
O equilíbrio do amor desfaz toda discriminação, quando se trata de efetuar a marcha para Deus.
Exercitando o amor conjugal, filial, paternal ou fraternal busquemos refletir, mesmo que seja à distância, o amor do nosso Pai, que a todos busca pelos caminhos da evolução.
Vivamos e amemos, de forma equilibrada, sentindo as excelsas vibrações que vertem de Deus sobre as necessidades do mundo.

Fonte: A Roda da Vida de Elisabeth Kübler-Ross, ed. Sextante, 1998, cap. 40 e Vereda Familiar, 
ed. Fráter Livros Espíritas, cap. 2

sábado, 14 de abril de 2012





O MUNDO PÓS-IDEIAS



Jerri Almeida

Vivemos, é bem verdade, no mundo da informação. Nunca se teve tanta rapidez no fluxo das notícias, na transmissão de conhecimentos e saberes, como no mundo contemporâneo. Milhares de novas teses, dissertações e pesquisas são cotidianamente publicadas. A internet democratizou o acesso à informação em seu sentido mais amplo e genérico. Documentos que antes somente poderiam ser acessados em arquivos, hoje estão disponíveis gratuitamente na web. Jornais, acervos, blogs, redes sociais, entre outros, levam conteúdos, os mais variados, para dentro de nossas mentes. Vivemos, inegavelmente, um excesso estressante de informações.
Thomaz Wood Jr, em seu interessante artigo: “Pensar dói?”, publicado na revista Carta na Escola (Dezembro de 2011, nº 62), cita o texto do professor Neal Gabler publicado no New York Times, no qual assevera: “...vivemos em uma sociedade na qual ter informações tornou-se mais importante do que pensar: uma era pós-ideias.” Vivemos a ditadura da informação “opaca”, amorfa,  incapaz de gerar qualquer tipo de reação ousada ou revolucionária. Não uso aqui a palavra “revolução” no sentido marxista, muito menos no seu sentido de produzir conflitos armados, ou coisa do gênero. Refiro-me, isto sim, a uma atitude dialética das ideias que vem sendo enterrada e sufocada pelo consumo exorbitante da informação.
Na revista já citada, encontramos também um artigo do professor doutor em filosofia pela USP, Juvenal Savian Filho, no qual afirma que o excesso de informações tolhe-nos a capacidade de elaborar reflexões mais profundas e articuladas, pois: “ ...somos levados a nadar apenas na superfície das ideias e a consumir mensagens relâmpagos, num fluxo frenético de imagens e sons que abafam nossa vocação para o pensamento.” (p. 34) Para ele, o efeito disso é uma escassez de novas e impactantes ideias, causando uma espécie de “irracionalismo” Ou seja, o ato de “pensar” está sendo deixado de lado.
Nas escolas e, pasmem, nas universidades, encontramos alunos que recusam-se, obstinadamente, a pensar. Para esses, a salvação é somente duas teclas (medíocres) de qualquer computador que esteja conectado à rede: “Ctrl + C” e “Ctrl + V”.  Vive-se os infames dias do saber “fast food”. Para os adoradores dos conteúdos enlatados, “pensar dói”.  Talvez por isso, muitos adultos de hoje também não saibam resolver problemas. Talvez por isso, também, muitos adultos busquem soluções milagrosas, instantâneas, para seus dilemas. São os pais que levam o filho de 8 anos ao médico, para que este, receite cápsulas de boas maneiras, comprimidos de respeito, ou um sossega Leão, para o menino indisciplinado que nem o pai nem a mãe querem ter o trabalho de educar. A debilidade das ideias terceiriza problemas e soluções.
Pensar, como alguém certamente já disse, dá trabalho! Como vivemos numa cultura que nos induz ao prazer instantâneo, o ato de pensar é uma heresia, que somente se justifica quando “descompromissadamente”. Se o futuro aponta para uma “overdose” de informação, muita gente irá morrer de inanição mental. É trágico!
Mas, como prefiro não me filiar aos pessimistas, creio que dessa “tragédia” renascerá um novo “iluminismo”, onde reaprenderemos a pensar.  Descobriremos o prazer de pensar e refletir sobre as coisas, nos tornando novamente amigos da sabedoria e, por fim, sobreviveremos redescobrindo o filosofar. 

quarta-feira, 4 de abril de 2012


Deus responde sempre

Carina Streda Santo Ângelo/RS

Todo Homem traz dentro de si a certeza de que Deus existe.

Neste tempo de tantas tribulações em que vivemos, o
 que mais necessitamos é ligarmo-nos a Deus. Os Espíritos
 orientam que deveríamos dedicar alguns minutos a 
meditação e a prece, no início do nosso dia, agradecendo
 a Deus pela oportunidade de estar no corpo físico, pedindo
 forças e auxílio para bem encarar as dificuldades e 
cumprir nossos compromissos, e à noite, antes do 
repouso, para analisarmos tudo o que fizemos no dia, 
percebendo nossos erros e acertos.

Essa prática torna o homem mais forte, porque no 
momento em que fugimos por alguns minutos da correria 
do nosso dia-a-dia para serenarmos o pensamento, analisarmos
 nossas atitudes e refletirmos sobre a vida, nós permitimos 
que os amigos espirituais nos intuam e nos assistam.

O Cristo assegurou: “Pedi, e se vos dará! Buscai e achareis! 
Batei à porta e se vos abrirá!”[1]

Deus conhece todas as nossas reais necessidades antes que
 peçamos a Ele providencias. Mesmo assim, quantas 
vezes nos sentimos insatisfeitos com a vida? Nascemos na 
família certa, com o corpo minuciosamente preparado 
para atender nossas necessidades, com um plano de vida
 traçado para que possamos reparar erros, avançarmos.

Mas, quando encarnamos, esquecemos da nossa vida 
espiritual e passamos a ver as nossas necessidades do 
ponto de vista material. Muitas vezes fixamos toda 
nossa atenção nesses desejos, e acabamos fazendo 
deles condição para nossa felicidade.

Na verdade nós estamos sempre querendo mais. Se 
desejamos chegar a um determinado ponto, quando lá 
chegamos vemos que queremos mesmo é chegar 
mais adiante. É graças a esse sentimento que evoluímos.
 Mas esse sentimento não pode prorrogar nossa 
felicidade, impossibilitando-nos a felicidade hoje.

Quando estamos em dúvida sobre qual atitude tomar, 
qual caminho percorrer, se pedirmos a Deus que 
ilumine nossa consciência, seremos atendidos. Nessas 
circunstâncias, deveríamos sempre pedir socorro a Deus. 
É para intuir-nos e auxiliar-nos nas decisões de nosso 
dia-a-dia que Deus permite que os espíritos amigos 
estejam ao nosso lado, e em especial nosso mentor 
espiritual, que nos acompanha e nos intui. Se, 
nas dificuldades, serenarmos o pensamento por 
alguns minutos, pensando antes de agir, abrimos espaço 
para receber esse auxílio.

É incontestável a máxima: “Ajuda-te que o céu te 
ajudará!”[2]. O que acontece, na maioria das vezes,
 é que esperamos sermos atendidos por um milagre 
sem fazer uso de nossas faculdades para alcançar nossos
 objetivos. De nada adianta orarmos e cruzarmos os braços
 esperando que as soluções caiam do céu. É necessário 
esforçarmo-nos, extraindo os ensinamentos e lições 
de todas as situações difíceis que nos são impostas.

Os Espíritos esclarecem que “Deus se ocupa com todos 
os seres que criou por mais pequeninos que sejam. 
Nada para sua bondade é destituído de valor”[3].

Tenhamos fé que Deus nos conhece, nos ama, ouve 
as nossas preces e acima de tudo: confiemos na sua justiça.

Procuremos entender as respostas de Deus, mesmo 
quando diferem de nossos pedidos específicos, e 
aceitar seus sábios desígnios, pois é só através da fé 
e do trabalho que ultrapassaremos os obstáculos
 do caminho e chegaremos a nossa meta que é a perfeita 
felicidade.

[1] KARDEC, Allan. O Evangelho Segundo o Espiritismo. Cap. XXV. FEB, 2002.
[2] KARDEC, Allan. O Evangelho Segundo o Espiritismo. Cap. XXV. FEB, 2002.
[3] KARDEC, Allan. O Livro dos Espíritos. Questão n 963. FEB, 2003.