quinta-feira, 23 de janeiro de 2020

SER MÃE.


“Uma simples mulher existe que, pela imensidão
de seu amor, tem um pouco de Deus.”
(Dom Damon Angel Jara)
Deveríamos amar incondicionalmente todos os que tocam nossas vidas. Não raramente
esquecemos de fazê-lo, seja por causa da frenética correria que a vida impõe, seja por acreditarmos na ilusória
eternidade da vida carnal, quando, de fato, viveremos a transição pela morte para a vida espiritual. O tempo
passa e quando notamos ficou tarde demais.
Deixamos de demonstrar amor e gratidão às pessoas importantes e isso acontece também
em relação às mães, almas batalhadoras que doam de si mesmas em prol de outrem. Há nas mães um pouco
de Deus, como disse o então Bispo do Chile, Dom Damon Angel Jara, pois elas amam incondicionalmente e
por mais feridas que sejam pela vida ou pelas pessoas, continuam de mãos estendidas para socorrer e amar
seus filhos, sendo irrelevante para elas os laços biológicos.
O amor de mãe transcende as palavras, está nos atos, na permanência. Desde o
acompanhamento do feto que se desenvolve dentro dela, até a maturidade dos filhos aos quais, na vida carnal
ou em espírito, permanecem velando sem deles nunca se distanciarem.
Há mulheres que ainda não compreenderam o significado da maternidade, mas no tempo
certo perceberão seu papel fundamental diante das vidas pelas quais se tornaram responsáveis. Num
apaixonante processo de engrandecimento da alma, a mulher que se torna mãe aprende a ser uma espécie de
anjo para seus filhos.
Sou mãe e tal fato gera uma constante preocupação pelo bem estar de alguém além de
mim mesma. Sou mãe e nem sempre recebo sorrisos ou sou a parceira de segredos. Sou mãe e sei que meu
filho um dia irá embora construir a própria vida. E sendo mãe, de nada disso abriria mão, porque junto veio a
primeira palavra “mamãe”, as mãozinhas carinhosas, o abraço forte e quente, o “vem me buscar” e o “eu te
amo”.
Não menos importante, tornando-me mãe foi que compreendi o que é ser filha, entendi a
preocupação, o desejo da presença, a ânsia por um telefonema dizendo “cheguei”, percebi que ao nos
tornarmos mães crescemos, não importando nossas imperfeições.
Quantas mulheres esqueceram que são parceiras do Criador. Considerar a gestação um
fardo do qual nos podemos livrar, é atestar a incapacidade de criar um futuro que vale a pena, repleto de amor
e bênçãos.
Autor(a): Vania Mugnato de Vasconcelos

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