segunda-feira, 13 de janeiro de 2020

DINHEIRO E AMOR.

Livro O Espírito da Verdade. Cap. XI – Item 9. Chico Xavier e Waldo Vieira.

Diante do bem, não pronuncies a palavra “impossível”.

Certamente, sofres a dificuldade dos que herdaram a luta por
preço das menores aquisições. Ainda assim, lembra-te de que a
virtude não reside no cofre.

Onde encontrarias ouro puro a fazer-se pão na caçarola dos infelizes?
Em que lugar surpreenderias frágil cobertor tecido de apólices
para agasalhar a criança largada ao colo da noite?

Entretanto, se o amor te faz lume no pensamento, arrebatarás à
imundície a derradeira sobra da mesa, convertendo-a no caldo
reconfortante para o enfermo esquecido, e farás do pano pobre o
abrigo providencial em favor de quem passa, relegado à intempérie.

Uma garganta de pérolas não emite pequenina frase consoladora
e um crânio esculpido de pedras raras não deixa passar leve fio
de ideação.

Todavia, se o amor te palpita na alma, podes falar a palavra renovadora
que exclui o poder das trevas e inspirar o trabalho que expresse o apoio e a esperança de muita gente.

Respeita a moeda capaz de fazer o caminho das boas obras,
mas não esperes pelo dinheiro a fim de ajudar.

Hoje mesmo, em casa, alguém te pede entendimento e carinho
e, além do reduto doméstico, legiões de pessoas aguardam-te os
gestos de fraternidade e compreensão.

Recorda que a fonte da caridade tem nascedouro em ti mesmo
e não descreias da possibilidade de auxiliar.

Para transmitir-nos semelhante verdade, Jesus, a sós, sem fiança
terrestre, usou as margens de um lago simples, ofertou simpatia
aos que lhes buscavam a convivência, confortou os enfermos da
estrada, falou do Reino de Deus a alguns pescadores de vida singela
e transformou o mundo inteiro, revelando-nos, assim, que a
caridade tem o tamanho do coração.

Meimei. 

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