quarta-feira, 29 de janeiro de 2020

NOVOS DIAS.

Nota-se cada vez mais frequente na mídia um tipo de notícia envolvendo jovens.
Talvez você imagine que estamos falando das incidências criminais, de atividades ilícitas ou de comportamentos estranhos.
Porém, embora muitos de nós tenhamos esse tipo de informação na memória, ou mesmo privilegiemos a leitura e os comentários a esse tipo de divulgação, outro é o nosso enfoque.
Falamos daqueles jovens, adolescentes que, antes dos seus vinte anos, já demonstram a que vieram no mundo.
São idealistas, nobres de caráter que, com as aquisições intelectuais e morais que trazem na alma, cedo começam a usá-las a benefício do mundo.
Assim acontece com Boyan Slat, o jovem holandês que desenvolveu o protótipo de um equipamento para retirar os resíduos plásticos dos oceanos, usando correntes marítimas naturais e os ventos.
O mesmo se dá com o americano Aidan Dwyer, que desenvolveu um método de captação de energia solar vinte por cento mais eficiente, inspirando-se nas folhas das árvores.
Ou ainda com William Kamkwamba, jovem do Malawi, que usando sucatas, construiu um moinho de vento para gerar energia elétrica e auxiliar sua comunidade, que desse benefício não dispunha.
O que dizer então de Jack Andraka, o norte-americano que, depois que um amigo da família morreu de câncer de pâncreas, ele, usando apenas a Internet, descobriu uma forma barata de detectar a doença antes dela se tornar mortal.
São inúmeros os exemplos dessas almas nobres que vêm nascendo ou renascendo na Terra para construir tempos melhores.
*   *   *
Se os dias em nossa sociedade, muitas vezes, parecem difíceis e tormentosos, tenhamos em mente: é apenas passageiro.
Natural que, em períodos de transição, de transformação da sociedade, haja dúvidas e aparentes incoerências.
Existem os que ainda persistem em viver com valores há muito abandonados pela legislação, pelo progresso e pela sociedade, que acreditam na violência, na castração das ideias, na supressão da liberdade de consciência ou de ação, como ferramentas de uso lícito.
Também os que usam da falsidade de caráter, da desonestidade e do seu poder temporal para a corrupção e enriquecimento desonesto.
Todos esses, porém, têm seus dias contados em nosso planeta.
O progresso há de levá-los de roldão, pois que insistem em não acompanhá-lo.
Novos dias surgem no horizonte da nossa Terra. Jovens, como os citados e tantos outros, anônimos pelas ruas do mundo, são os arautos.
Portanto, façamos também a nossa parte, para que a regeneração e reestruturação do mundo sejam aceleradas.
Abandonemos valores tolos e ultrapassados, que persistamos em carregar n’alma.
Inspiremo-nos com as atitudes dessas almas nobres. E, como trabalhadores da última hora, conforme ilustra Jesus em Sua parábola, contribuamos beneficamente para a Vinha do Senhor.
Dessa forma, o Reino do Bem, conforme prometido por Jesus, haverá de se instalar nas paragens terrenas, a breve tempo.
Redação do Momento Espírita.

quinta-feira, 23 de janeiro de 2020

SER MÃE.


“Uma simples mulher existe que, pela imensidão
de seu amor, tem um pouco de Deus.”
(Dom Damon Angel Jara)
Deveríamos amar incondicionalmente todos os que tocam nossas vidas. Não raramente
esquecemos de fazê-lo, seja por causa da frenética correria que a vida impõe, seja por acreditarmos na ilusória
eternidade da vida carnal, quando, de fato, viveremos a transição pela morte para a vida espiritual. O tempo
passa e quando notamos ficou tarde demais.
Deixamos de demonstrar amor e gratidão às pessoas importantes e isso acontece também
em relação às mães, almas batalhadoras que doam de si mesmas em prol de outrem. Há nas mães um pouco
de Deus, como disse o então Bispo do Chile, Dom Damon Angel Jara, pois elas amam incondicionalmente e
por mais feridas que sejam pela vida ou pelas pessoas, continuam de mãos estendidas para socorrer e amar
seus filhos, sendo irrelevante para elas os laços biológicos.
O amor de mãe transcende as palavras, está nos atos, na permanência. Desde o
acompanhamento do feto que se desenvolve dentro dela, até a maturidade dos filhos aos quais, na vida carnal
ou em espírito, permanecem velando sem deles nunca se distanciarem.
Há mulheres que ainda não compreenderam o significado da maternidade, mas no tempo
certo perceberão seu papel fundamental diante das vidas pelas quais se tornaram responsáveis. Num
apaixonante processo de engrandecimento da alma, a mulher que se torna mãe aprende a ser uma espécie de
anjo para seus filhos.
Sou mãe e tal fato gera uma constante preocupação pelo bem estar de alguém além de
mim mesma. Sou mãe e nem sempre recebo sorrisos ou sou a parceira de segredos. Sou mãe e sei que meu
filho um dia irá embora construir a própria vida. E sendo mãe, de nada disso abriria mão, porque junto veio a
primeira palavra “mamãe”, as mãozinhas carinhosas, o abraço forte e quente, o “vem me buscar” e o “eu te
amo”.
Não menos importante, tornando-me mãe foi que compreendi o que é ser filha, entendi a
preocupação, o desejo da presença, a ânsia por um telefonema dizendo “cheguei”, percebi que ao nos
tornarmos mães crescemos, não importando nossas imperfeições.
Quantas mulheres esqueceram que são parceiras do Criador. Considerar a gestação um
fardo do qual nos podemos livrar, é atestar a incapacidade de criar um futuro que vale a pena, repleto de amor
e bênçãos.
Autor(a): Vania Mugnato de Vasconcelos

quarta-feira, 15 de janeiro de 2020

A VOZ QUE ME DIRIGE OS PASSOS.

Ainda bem que no mundo existem os poetas...
São eles e seus versos encantados que nos ensinam enxergar um fato comum, por vezes banal em aparência, de uma forma nunca antes imaginada por nós.
São eles, principalmente os poetas do bem que, ao tratarem de questões graves da vida, nos ensinam a ter esperança.
Assim, deleitemos-nos com Gonçalves Dias - eminente poeta brasileiro - e sua bela visão sobre Deus e as dores do mundo:
Por que então maldiremos este mundo
       e a vida que vivemos,
       se nos tornamos do Senhor mais dignos,
       quando mais dor sofremos?
Quantos cabelos temos, Ele o sabe;
       Ele pode contar
       as folhas que há no bosque, os grãos d´areia
       que sustentam o mar.
Como pois não será Ele conosco
       no dia da aflição?
       Como não há de computar as dores
       do nosso coração?
Como há de ver-nos, sem piedade, o rosto
       coberto d´amargura;
       Ele, Senhor e Pai, conforto e guia
       da humana criatura?
Se o vento sopra, se se move a Terra,
       se iroso o mar flutua;
       se o sol rutila, se as estrelas brilham,
       se gira a branca lua;
Deus o quis, Deus que mede a intensidade
       da dor e da alegria,
       que cada ser comporta – num momento
      d´arroubo ou d´agonia!
Embora pois a nossa vida corra
       alheia da ventura!
       Além da Terra há céus, e Deus protege
       a toda criatura!
Viajor perdido na floresta à noite,
       assim vago na vida;
       mas sinto a Voz que me dirige os passos
       e a Luz que me convida.
                                                                                         * * *
O maior poeta que já esteve na face do orbe terrestre – inspirador de outros tantos poetas do bem que O seguiriam neste planeta – certa feita proclamou:
Bem-aventurados os que choram, pois que serão consolados.
Ora, quem há de oferecer consolo a tantas lágrimas que são vertidas a cada segundo na Terra?
De onde vem tal consolo, senão do Criador, de Suas Leis perfeitas e de Seu Amor maior por Suas criaturas?
É a Voz que nos dirige os passos... Sempre presente.
Redação do Momento Espírita.

segunda-feira, 13 de janeiro de 2020

DINHEIRO E AMOR.

Livro O Espírito da Verdade. Cap. XI – Item 9. Chico Xavier e Waldo Vieira.

Diante do bem, não pronuncies a palavra “impossível”.

Certamente, sofres a dificuldade dos que herdaram a luta por
preço das menores aquisições. Ainda assim, lembra-te de que a
virtude não reside no cofre.

Onde encontrarias ouro puro a fazer-se pão na caçarola dos infelizes?
Em que lugar surpreenderias frágil cobertor tecido de apólices
para agasalhar a criança largada ao colo da noite?

Entretanto, se o amor te faz lume no pensamento, arrebatarás à
imundície a derradeira sobra da mesa, convertendo-a no caldo
reconfortante para o enfermo esquecido, e farás do pano pobre o
abrigo providencial em favor de quem passa, relegado à intempérie.

Uma garganta de pérolas não emite pequenina frase consoladora
e um crânio esculpido de pedras raras não deixa passar leve fio
de ideação.

Todavia, se o amor te palpita na alma, podes falar a palavra renovadora
que exclui o poder das trevas e inspirar o trabalho que expresse o apoio e a esperança de muita gente.

Respeita a moeda capaz de fazer o caminho das boas obras,
mas não esperes pelo dinheiro a fim de ajudar.

Hoje mesmo, em casa, alguém te pede entendimento e carinho
e, além do reduto doméstico, legiões de pessoas aguardam-te os
gestos de fraternidade e compreensão.

Recorda que a fonte da caridade tem nascedouro em ti mesmo
e não descreias da possibilidade de auxiliar.

Para transmitir-nos semelhante verdade, Jesus, a sós, sem fiança
terrestre, usou as margens de um lago simples, ofertou simpatia
aos que lhes buscavam a convivência, confortou os enfermos da
estrada, falou do Reino de Deus a alguns pescadores de vida singela
e transformou o mundo inteiro, revelando-nos, assim, que a
caridade tem o tamanho do coração.

Meimei. 

sábado, 11 de janeiro de 2020

OS VÍCIOS.



Normalmente os vícios são considerados pelas pessoas como motivos de prazer, alegria e desejo. Mas a realidade esconde sua real função. As propagandas de televisão associam ao hábito de beber e fumar, como uma aventura maravilhosa, com homens e mulheres bonitas se divertindo e sorrindo.


O cigarro possui 7000 produtos químicos, dentre eles alguns até radioativos. Fazem câncer de pulmão, pressão alta, derrame, infarto do miocárdio, entre outras. As bebidas alcoólicas não ficam atrás. Trazem cirrose hepática, problemas no fígado, pâncreas etc., além de outras formas indiretas como direção perigosa ao volante, desatenção no trabalho e no lar.
Você sabia que o cigarro e as bebidas alcoólicas são chamados de “drogas legais” pelo Governo? Sim, drogas, porque elas causam dependência, um vício do qual dificilmente nos libertaremos, pois causa uma verdadeira obsessão. Alguns dizem que tomam uma cerveja por dia nas refeições, mas se ficam um dia sem beber, ficam irritados e insatisfeitos. Isso não é um vício?
Se a ciência condena o seu uso, pelos fatos citados acima, porque razão estas drogas são consideradas “legais” pelo Governo? Porque elas trazem muito dinheiro aos cofres públicos por causa dos altos impostos taxados. Os governantes preferem fechar os olhos ao vício. Vamos raciocinar. Será que o dinheiro ganho pelos impostos destes produtos compensa em relação ao que o Governo gasta para manter os atendimentos médicos dos viciados?
Nós espíritas sérios que não fumamos e bebemos, somos chamados de “crentes”, “fanáticos” e afirmam que uma cerveja num bate papo com os amigos descontrai e traz alegria e motivação e não fazem mal nenhum. Afirmam que Jesus disse: “Não é o que entra pela boca que faz mal, mas o que sai..”. Jesus falava por parábolas e quem estuda a Bíblia sabe que o sentido das palavras de Jesus era bem outro. Ele falava do mal que causamos aos outros por causa da dureza de nossos corações.
No Movimento Espírita, muitos centros permitem que frequentadores e trabalhadores fumem dentro das casas espíritas, os dirigentes alegam que é faltar com a caridade proibir as pessoas de fumar e que o Espiritismo não proíbe nada. Quanto a proibição é verdade, mas também não é faltar com a caridade para os não fumantes ficar ao lado com as pessoas fumantes? Há casas também que realizam eventos, como almoços beneficentes e que aproveitam e vendem bebidas alcoólicas. Mais uma incoerência sem tamanho.
A Doutrina Espírita nos ensina que a nossa razão deve estar sempre atenta para julgar o certo do errado, para melhorarmos moralmente. As bebidas alcoólicas fazem o inverso. Cada mililitro de álcool afeta o nosso sistema nervoso central e anestesia a nossa razão. E tem mais, se os Espíritos influenciam em nossos pensamentos mais do que supomos, tanto que as vezes são eles que nos dirigem, imagine se perdermos parcialmente ou totalmente a razão através do alcoolismo? Que atos podemos praticar para com o próximo?
Os vícios também são considerados como obsessão, pois a vontade do indivíduo se junta a vontade dos Espíritos desencarnados ainda ligados aos vícios materiais. É claro que eles não podem beber ou fumar diretamente, mas absorvem a energia dos viciados encarnados. Daí o motivo da dificuldade em se largar os vícios.
Os vícios também trazem o suicídio de forma “indireta”. Temos que zelar pelo corpo físico que nos foi concedido por Deus para evoluirmos, e temos que aproveitá-lo ao máximo, pois sabe-se lá quando teremos outra chance de reencarnar. Restará nos lamentarmos no mundo espiritual a oportunidade perdida e esperar por uma nova oportunidade.
Procuremos pois nos libertar destes vícios o quanto é tempo.
José Henrique Baldin

sexta-feira, 10 de janeiro de 2020

PROBLEMAS DO MUNDO.

O mundo está repleto de ouro.
Ouro no solo. Ouro no mar. Ouro nos cofres.
Mas o ouro não resolve o problema da miséria.
O mundo está repleto de espaço.
Espaço nos continentes. Espaço nas cidades. Espaço nos campos.
Mas o espaço não resolve o problema da cobiça.
O mundo está repleto de cultura.
Cultura no ensino. Cultura na técnica. Cultura na opinião.
Mas a cultura da inteligência não resolve o problema do egoísmo.
O mundo está repleto de teorias.
Teorias na ciência. Teorias nas escolas filosóficas. Teorias nas
religiões.
Mas as teorias não resolvem o problema do desespero.
O mundo está repleto de organizações.
Organizações administrativas. Organizações econômicas. Organizações sociais.
Mas as organizações não resolvem o problema do crime.
Para extinguir a chaga da ignorância, que acalenta a miséria;
para dissipar a sombra da cobiça, que gera a ilusão; para exterminar o monstro do egoísmo, que promove a guerra; para anular o verme do desespero, que promove a loucura, e para remover o charco do crime, que carreia o infortúnio, o único remédio eficiente é o Evangelho de Jesus no coração humano.
Sejamos, assim, valorosos, estendendo a Doutrina Espírita que
o desentranha da letra, na construção da Humanidade Nova, irradiando a influência e a inspiração do Divino Mestre, pela emoção e pela ideia, pela diretriz e pela conduta, pela palavra e pelo exemplo e, parafraseando o conceito inolvidável de Allan Kardec, em torno da caridade, proclamemos aos problemas do mundo: “Fora do Cristo não há solução.”

Bezerra de Menezes.

Livro O Espírito de Verdade. Cap. VI – Item 5.