sexta-feira, 29 de março de 2013


A CADA GERAÇÃO OS PAIS DEVEM SE RECICLAR
Wilson Focássio

“Você pode transmitir aos seus filhos o seu amor, mas não os seus pensamentos, porque ele tem sua própria maneira de pensar. Podem acolher seus corpos, mas não suas almas, porque essas residem no amanhã, que não poderá ser visitado por você, nem mesmo em sonhos. Você pode se esforçar para ser como eles, mas não tente que eles sejam como você, porque a vida não volta atrás nem estaciona no dia de ontem. Você é arco de onde seus filhos, como flechas vivas são lançados para adiante”.
                                                                                                              Kalil Gibran

Temos assistido ao longo das décadas mudanças significativas no comportamento do ser humano, mais especificamente entre os jovens. A tecnologia da ciência, a televisão e o currículo escolar, alteraram o itinerário da evolução que, de há muito, era mais ou menos regular entre os povos. A comunicação gerou alterações comportamentais incomparáveis. Considerando que cada criança que nasce faz parte de um programa espiritual para aquela família, deduz-se que cabe aos pais um perfeito acompanhamento do desenvolvimento dessa criança, incluindo-se ai os aspectos morais, intelectuais, sociais, etc.
Como poder entender as mudanças se os pais não mudam? Bem, ai está o grande problema. A cada geração os pais devem se reciclar. Somente assim poderão acompanhar e dar assistência aos filhos que a eles foram confiados.
Em um comboio, se os vagões forem de última geração e a locomotiva for a vapor, com certeza essa viagem resultará em surpresa, às vezes até desagradáveis. Por isso os pais devem se ajustar ao modernismo, e, através de suas experiências, colaborarem com os filhos a fim de que esses cresçam com estrutura sadia, sem tropeços ou desajustes. No passado, quando as informações eram escassas, os pais, embasados na cultura religiosa, colocavam “cabrestos” nos filhos e os educavam por uma linha da ignorância. Essa “ignorância” também habitava nos pais. Isso leva a dizer que faziam as coisas como se fossem absolutamente certas. Mas, nem tudo era certo. Os tabus gerados nesses períodos encheram os sanatórios de pessoas desajustadas, cheias de culpas, complexos e alta estima baixa.
Hoje, as crianças são outras, extremamente inteligentes, mais informadas, mais esclarecidas, mais dispostas à evolução, mais perspicazes, mais violentas e também, mais amorosas.  É difícil dividirmos as pessoas por faixa etária, mas é fácil destacarmos épocas. Há duas gerações anteriores a esta que vivenciamos em (2007), o comportamento era um. Na última, o comportamento era outro e, agora, neste momento, tudo é diferente.
Ao lado do crescimento tecnológico, onde a criança se desenvolve para a sabedoria, temos a miséria que faz com que outras crianças amarguem a rua, a fome, a prostituição, o abandono, o desprezo. Como o pai de uma criança viverá quando sentir que se filho esta em condições piores do que ele esteve? Esse pai precisa se reciclar. Como o pai da classe média poderá vivenciar o filho cheio de liberdades e com comportamento que não deve? Esse pai precisa da reciclagem.
O que é reciclar?
Reestudar os comportamentos estruturais concebidos ao longo da existência, compará-los com aquilo que a época exige e, dentro do possível, adaptar-se, sem, contudo, perder a essência ética e moral. Pais e filhos devem andar nas mesmas calçadas. A separação do filho por imposição social ou cultural, poderá resultar em graves problemas. Os filhos não são propriedades dos pais, mas a esses cabe orientá-los, entende-los aceitá-los e caminhar com eles. Esse é o desafio moderno.  
“Pai é pai, não importa quão severo pode ser um pai quando julga seu filho. Nunca será tão duro como quando um filho julga seu pai”.
   

Wilson Focassio (São José do Rio Preto/SP)
Um dos Fundadores da Aliança Espírita Evangélica, 30 anos como voluntário do C.V.V. Centro de Valorização da Vida. Fundador e Diretor do D.E.D.E.R.  Centro de Estudos e Difusão do Espiritismo Religioso - C.E.D.E.R.

A VOZ QUE VEIO DA BOÊMIA


Jerri Almeida

Ele tornou-se, em sua época, um dos maiores críticos dos desvirtuamentos e desvio de rota que o cristianismo sofria. Uma voz, por vezes solitária, irrompia no interior da Universidade de Praga, onde lecionava e tornara-se reitor. Nos sermões proferidos, conclamava os ouvintes a praticar as virtudes dos apóstolos, dos pobres e dos iluminados pelos ensinamentos de Jesus.  Referimo-nos ao professor João Huss (1369-1415), nascido no antigo reino da Boêmia, região da extinta Tchecoslováquia. No século XIV, a Boêmia era um dos reinos que compunham o Sacro Império Romano-Germânico. Conhecedor profundo dos textos bíblicos, formado em teologia e professor num importante centro intelectual da Europa, João Huss denunciava a farsa dos milagres e da corrupção pelo poder entre os religiosos.  Insistia, no entanto, na necessidade de se procurar o Cristo dos Evangelhos, um Cristo muito diferente daquele divulgado pela Igreja.
No ano de 1414, Huss foi enviado pelo imperador Segismundo, do Sacro Império, para o Concílio de Constança, onde deveria se defender das acusações de heresia contra a Igreja. Deveria, na verdade, provar sua inocência renunciando as suas ideias, na frente dos bispos e cardeais presentes no concílio. Ele, todavia, não voltou atrás, mantendo suas ideias e críticas ao sistema teológico de sua época. Condenado por heresia, foi morto na fogueira em praça pública.
Conforme nos informa o historiador José Rivair Macedo, (MACEDO, 1996, p. 74-75) a execução de João Huss tornou-se um estopim de uma revolução não somente contra o imperador, mas também contra as autoridades eclesiásticas. Os hussitas, como ficaram conhecidos os seguidores de Huss, rejeitavam os dogmas sobre o purgatório, desprezavam os rituais e não acreditavam nas imagens, além de postularem um cristianismo mais límpido e sem pena de morte. No entanto, o movimento também adentrou para posturas fundamentalistas de ódio, distanciando-se daquilo que pregava.
No ocidente, ao longo da história surgiram muitos pensadores religiosos que buscaram  aproximar-se do pensamento de Jesus na sua essência. Disto implicaria uma reformulação sobre vários aspectos da ideia de fé, sobretudo, no que tange a uma fé destituída de medo, mais livre e associada à natureza racional humana. A fé continuava, no entanto, a representar “obediência absoluta em Deus” e ao seu representante na Terra. A “conversão” tornou-se o discurso utilizado, de forma mais “branda”, de adesão ao dogmatismo e, por recompensa, para  salvação na vida pós-morte.
O estudo na natureza, sobretudo a partir do século XVI, constituía de fato uma tentativa nova para compreender Deus.  Para Robert Fludd, membro do Royal College of Physicians, o conhecimento do microcosmo, ou seja, do corpo humano, poderia revelar melhor a própria estrutura do Universo, acabando por aproximar mais o homem de Deus. Para ele, quanto maior o nosso conhecimento sobre o Universo, mais avançamos no conhecimento de nós mesmos. (ELIADE, 2011, Vol. 3, p. 242) O cientista parecia estar mais próximo de Jesus do que o teólogo.

Referências Bibliográficas

BLAINEY, Geoffrey. Uma Breve História do Cristianismo. São Paulo: Editora Fundamento, 2012.

DELUMEAU, Jaan. História do Medo no Ocidente – 1300-1800. Tradução Maria Lucia Machado. São Paulo: Cia das Letras, 2009.

ELIADE, Mircea. História das Crenças e da Ideias Religiosas. Vol.3, Trad. Roberto Cortez de Lacerda. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editor, 2011.

MACEDO, José Rivair. Religiosidade e Messianismo na Idade Média. São Paulo: Moderna, 1996.

quarta-feira, 27 de março de 2013

A NOSSA MAIS IMPORTANTE ENCARNAÇÃO


Alkíndar de Oliveira

[Este artigo é transcrição de um dos capítulos do livro “Aprimoramento Espírita”,
de Alkíndar de Oliveira, Editora Truffa/2007]

 “Cada encarnação é como se fosse um atalho nas estradas da ascensão. Por este motivo o ser humano deve amar a sua existência de lutas e de amarguras temporárias, porquanto ela significa uma benção divina, quase um perdão de Deus”. Emmanuel

  Se de um lado a boa lógica nos diz que nossa última encarnação é sempre a mais importante, pois mais uma vez temos a oportunidade de nos redimir dos erros passados, creio que esta atual, pelas deduções mais abaixo, é especialíssima. Creio firmemente que é a nossa mais importante existência de todos os tempos. Se conscientizarmo-nos deste fato, faremos com que nossos pensamentos, sentimentos e atitudes tomem salutar direção. Por exemplo, poderemos deduzir de que, se temos Jesus como guia e modelo, é imprescindível – nesta nossa mais importante existência - termos como meta o amor incondicional. Pois é esta modalidade de amar que irá ditar o conteúdo dos nossos textos e de nossos procedimentos diários e, por conseqüência, melhor iremos aproveitar dos ensinamentos espíritas nesta fundamental e decisiva existência.

  Para que a conclusão do tema deste seja confirmada pelo(a) leitor(a), atentemos aos textos abaixo de Santo Agostinho e também às conclusões que vêm logo a seguir.

a) “(O planeta Terra) há chegado a um dos seus períodos de transformação, em que de orbe expiatório, mudar-se à em planeta de regeneração, onde os homens serão ditosos, porque nele imperará a lei de Deus”.
Santo Agostinho, O Evangelho Segundo o Espiritismo, capítulo III, item 19

b) As características do Mundo de Regeneração:
O homem (...) ainda é de carne. (...) Ainda tem de suportar provas, porém, sem as pungentes angústias da expiação. (...) Eles (os mundos de regeneração)  representam a calma após a tempestade, a convalescença após a moléstia cruel”.
Santo Agostinho,  O Evangelho Segundo o Espiritismo, capítulo III, item 17

c) “Quem pudesse acompanhar um mundo em suas diferentes fases, desde o instante em que se aglomeram os primeiros átomos destinados a constituí-lo, vê-lo-ia a percorrer uma escala incessantemente progressiva, mas de degraus imperceptíveis para cada geração, e a oferecer aos seus habitantes uma morada cada vez mais agradável, à medida que eles próprios avançam na senda do progresso”.
Santo Agostinho, O Evangelho Segundo o Espiritismo, capítulo III, item 19


  Dos depoimentos logo acima destaquei, em negrito, a expressão “degraus imperceptíveis”, a qual denota que não perceberemos de maneira evidente a passagem do nosso mundo, de Expiação e Provas, para a próxima e determinante etapa, a de Mundo de Regeneração. Consoante a esta condição, o Espiritismo nos faculta a possibilidade, através de pesquisa e do raciocínio lógico, de passarmos a enxergar o que parece não estar evidente.
  Se não há dúvida de que estamos num período de transição para um Mundo de Regeneração, vou além, tenho a convicção de que caminhamos a passos largos nessa bendita direção. Creio que toda esta atual convulsão mundial é importante prenúncio desta aprazível mudança, pois todos os sofrimentos atuais estão despertando o ser humano  a procurar um significado à vida. A Terra, com sua revolução interior, movimentando as placas tectônicas nos alerta e nos desperta para nossa também necessária revolução interior, com o propósito de movimentarmos as placas endurecidas de nossos corações.

  É saudável, caro(a) leitor(a), que duvide desta minha convicção de que caminhamos a passos largos para um Mundo de Regeneração. Ninguém tem a obrigação de crer na convicção de outrem. Mas, após as informações que vêm a seguir, procure liberar sua mente de idéias pré-concebidas que possam impedir o raciocínio dedutivo, para livremente poder refletir sobre os esclarecimentos oriundos de grandes mestres de nossa Seara. Comecemos pelo preposto imediato do nosso Mestre Jesus, Allan Kardec:


I - ALLAN KARDEC NOS DIZ QUANDO O ESPIRITISMO SE TORNARÁ CRENÇA COMUM EM TODO O MUNDO TERRENO:

   Antes de expor o dito de Kardec, entendamos que a expressão constante no título logo acima, “crença comum”, não necessariamente significa religião comum. Pois, talvez por um longo período as diversas religiões hoje existentes continuarão a ter suas atuais denominações. No entanto, Kardec esclarece que futuramente o princípio essencial de todas elas será calcado nos fundamentos espíritas, uma vez que estes são provenientes de leis da natureza. E toda lei da natureza, depois de revelada, se torna incontestável. Veja o exemplo da eletricidade, a qual por muito tempo foi  vista como feitiçaria e hoje universalmente compreendemo-la  como lei natural. Lembremo-nos também da lei da gravidade, que não obstante por muito tempo desconhecida da humanidade, hoje é aceita sem qualquer contestação. O mesmo ocorrerá com os temas ReencarnaçãoPluralidade dos Mundos Habitados  e Comunicabilidade dos Espíritos, que, por serem leis naturais, no tempo certo todos seres humanos naturalmente irão crer. Portanto, o Catolicismo (por exemplo) continuará existindo, mas a diferença será que os seus seguidores irão crer na reencarnação, na pluralidade dos mundos habitados e em outros princípios e verdades já reveladas pelo Espiritismo. 
  Retornando ao assunto-título deste parágrafo, muitos de nós, espíritas, não tivemos olhos para enxergar o que está claro e límpido como um lago cristalino: Kardec já nos informou quando o Espiritismo será implantado na Terra. Na questão 798 d’O Livro dos Espíritos, a qual tem como foco quando haverá a implantação do Espiritismo na Terra, Kardec nos esclarece que “(...) durante duas ou três gerações, ainda haverá um fermento de incredulidade, que unicamente o tempo aniquilará”.
  Como a boa lógica nos diz que após um período de incredulidade a única alternativa será um período de credulidade, façamos as contas para esclarecermo-nos sobre quando chegaremos a esse alvissareiro período. Antes, é importante dizer que, mesmo a expectativa de vida na época de Kardec ser bem inferior aos 70 anos, o fato é que as pessoas consideravam esta idade como sendo o tempo de uma geração. Agora, sim, façamos as contas:

a)     Se na época de Kardec uma geração correspondia a um período de 70 anos;
b)     Se Kardec afirma que o período de incredulidade durará  duas ou três gerações (140 a 210 anos);
c)      Se após o período de incredulidade vem o período de credulidade:
d)     Se O Livros dos Espíritos, que iniciou a Era do Espiritismo, foi editado em 1.857;
Então, fazendo as contas chega-se à seguinte conclusão:

Conclusão-I: O Espiritismo passará a ser crença comum no período compreendido entre os anos de 1.997 a 2.067.


II – CHICO XAVIER, NOS INFORMA QUANDO A TERRA SERÁ UM MUNDO DE REGENERAÇÃO:

No livro Plantão de Respostas, Volume II, Chico Xavier diz: “Emmanuel afirma que a Terra será um mundo regenerado por volta de 2.057”.
Percebamos que o ano de 2.057 está dentro dos limites preconizado por Kardec, no item Conclusão-I, logo acima. O que nos leva a crer que, quando os princípios espíritas estiverem implantados em todo o planeta, haverá uma revolução cultural em tamanha proporção, que veremos o alvorecer do tão esperado Mundo de Regeneração.

Conclusão-II: O Mundo de Regeneração terá seu alvorecer por volta de 2.057, ano este dentro dos limites de tempo em que Kardec afirma que o Espiritismo será Crença Comum.


III – BEZERRA DE MENEZES, NOS INFORMA QUANDO O ESPIRITISMO SERÁ IMPLANTADO NA TERRA.

No livro (*)Atitude de Amor, Editora Dufaux, Psicografia de Wanderley Soares de Oliveira, Bezerra de Menezes nos esclarece que para o Espiritismo ser implantado na Terra houve um planejamento na espiritualidade (como não poderia deixar de ser), e que a implantação teve uma delimitação de três períodos distintos de 70 anos.
O primeiro período de 70 anos (de 1.857 a 1.927) teve como foco a consolidação do fato de que o Espiritismo não é uma crença fundamentada em idéias humanas, mas, sim, o  Espiritismo é a Doutrina dos Espíritos.
O segundo período (de 1.928 a 1.997) teve como objetivos a proliferação dos Centros Espíritas  e a difusão do conhecimento espírita. Foi o período em que ficamos especialistas em fazer belos discursos, sem praticá-los! Passamos a ter conhecimento, mas, sem as correspondentes atitudes.
O terceiro e último período de 70 anos (1.998 a 2.067) é o que estamos vivendo neste momento! O que implica o quão essencial é crermos que nossa atual reencarnação é a mais importante de todas as existências que até hoje tivemos.
Sobre este último período, diz Bezerra de Menezes que é o período das atitudes, isto é, este é o momento de praticarmos o que até agora aprendemos com o Espiritismo. Por exemplo, se temos um belo discurso sobre fraternidade, chegou a hora de sermos fraternos.         Como disse Richard Simonetti, “Chegou a hora do conhecimento descer da cabeça para o coração”, ou como disse nosso também confrade Carlos Abranches: “Precisamos raciocinar com o coração e amar com o cérebro”.  

Conclusão – III: Bezerra de Menezes nos informa que a implantação do Espiritismo na Terra será no período de 1.997 a 2.067, período este dentro dos limites de tempo em que Kardec afirma que o Espiritismo será Crença Comum.


IV – CINCO RESPEITABILÍSSIMAS E VALOROSAS INSTITUIÇÕES ESPÍRITAS SERVEM DE CANAL PARA NOS INFORMAR QUE O MUNDO DE REGENERAÇÃO ESTÁ PRÓXIMO:

        Imaginemos o que é receber uma mensagem espírita que reforça e valida as conclusões de todos os itens anteriores, e, além disto, traz em seu bojo o endosso de cinco instituições reconhecidas em nosso país pela sua importância e, principalmente, credibilidade:
Instituição-1) Bezerra de Menezes (é nosso irmão desencarnado, mas não deixa de ter o peso e o valor de uma “instituição” pelas suas contribuições sobejamente sabidas por nós espíritas);
Instituição-2) Divaldo Franco (é nosso irmão e médium encarnado, mas também não deixa de ter o peso e o valor de uma “instituição” pelas suas contribuições sobejamente sabidas por nós espíritas);
Instituição-3) Conselho Federativo Nacional
Instituição-4) FEB- Federação Espírita Brasileira
Instituição-5) Revista Reformador

        Em janeiro de 2.005, a revista Reformador, traz um dos mais esclarecedores textos de Bezerra de Menezes sobre o momento atual do nosso mundo, do Espiritismo e também sobre nossas responsabilidades advindas dos fatos por ele mencionados.
        A mensagem foi recebida na última reunião do Conselho Federativo Nacional da FEB do  ano de 2.004. Nosso amado benfeitor espiritual utilizou-se da mediunidade psicofonica de Divaldo Franco para dizer com todas as letras, sem deixar dúvida alguma sobre o teor do que tinha a nos passar, que:  “Não podemos negar que este é o grande momento de transição do Mundo de Provas e de Expiações para o Mundo de Regeneração”.

        Caro(a) leitor(a), para reforçar o ‘’obvio coloquei em negrito a expressão “este é o grande momento”. Mas antes de reforçar o óbvio, pergunto-lhe: A palavra “este” tem relação com o passado, com o presente ou com o futuro? Desculpe-me pela pergunta tão simplória.     A verdade é que todos nós sabemos que tal palavra tem a ver com o momento “presente”. Portanto, Bezerra não está se referindo ao futuro! Daí o fato de, no mesmo texto, Bezerra de Menezes complementar: “(...) Já não há mais tempo para adiarmos a proposta de renovação do planeta”.
        Mais uma dedução importante para nós espíritas: se Bezerra de Menezes afirma que já não há mais tempo para adiarmos a proposta de renovação do planeta, a lógica elementar nos leva à quarta conclusão, a seguir:

Conclusão – IV: Bezerra de Menezes nos informa que este é o grande momento de transição do Mundo de Provas e de Expiaçõespara o Mundo de Regeneração. Momento este   dentro dos limites de tempo em que Kardec afirma que o Espiritismo será Crença Comum.


V – OS ESPÍRITOS MARIA MODESTO CRAVO E JOANNA DE ÂNGELIS NOS ALERTAM SOBRE A RENOVAÇÃO QUE JÁ ESTÁ OCORRENDO EM NOSSO PLANETA!

Duas informações:
A primeira:
No livro Reforma Íntima Sem Martírio, lançado e editado nesta primeira década do século XXI (esta informação é importante), Editora Dufaux, psicografia de Wanderley Soares de Oliveira, o espírito Maria Modesto Cravo diz: “Uma geração nova regressa às fileiras carnais da humanidade para arejar o panorama de todas as expressões segmentares do orbe, interligando-as e projetando-as a ampliados patamares de utilidade. (...) É tempo de renovar”.

A segunda informação:
No livro Momentos de Harmonia, lançado e editado em 1.991 (esta informação é importante), Editora Leal, psicografia de Divaldo Franco, o espírito Joanna de Ângelis diz: “(...) dá-se neste momento a renovação do Planeta, graças à qualidade dos espíritos que começam a habitá-lo, enriquecidos de títulos de enobrecimento e de interesse fraternal”.

Caro(a) leitor(a), se você convive com crianças, pergunto-lhe: As crianças de hoje não são muito inteligentes? Sei qual vai ser sua resposta: “Sim, muito inteligentes!!!”
Por que são tão inteligentes? A resposta está na análise dos dois textos dos espíritos amigos acima: Informam-nos os amáveis espíritos Joanna de Angelis e Maria Modesto Cravo que, de poucas décadas para cá, os espíritos que estão nascendo em nosso planeta são muito especiais. São nobres de alma, são fraternais, e por natural dedução, inteligentes.
Esta alvissareira notícia de renovação do planeta, certamente a mais importante ocorrência depois da vinda de Cristo e do nascimento de Kardec, nos leva à quinta conclusão:

Conclusão – V: Os espíritos Joanna de Angelis e Maria Modesto Cravo nos informam que espíritos especiais (fraternos, nobres) estão retornando à Terra com o objetivo de arejar o panorama de todas as expressões segmentares do nosso planeta, com o objetivo de renová-lo, e esta renovação se dá dentro dos limites de tempo em que Kardec afirma que o Espiritismo será Crença Comum.


VI – O RESPEITADO MÉDIUM E ORADOR BAIANO, DIVALDO FRANCO, DISSE, EM PALESTRA PROFERIDA EM 1.999, QUE NO ANO DE 2.025 DUZENTOS MIL ESPÍRITOS ALTAMENTE EVOLUÍDOS RETORNARÃO À TERRA.

Caro(a) leitor(a), conforme a bem-vinda informação do título logo acima, mais a informação do item V, onde Joanna de Ângelis e Maria Modesto Cravo esclarecem-nos que espíritos nobres e fraternais (também inteligentes), estão retornando à Terra com o objetivo de ajudarem na renovação do planeta, podemos então formular a seguinte pergunta:

COMO SERÁ NOSSO PLANETA  TERRA EM 2.060?

A resposta da questão acima, a teremos de forma dedutiva:

a)    Em 2.060 os espíritos nobres, fraternos e inteligentes que, segundo os amáveis espíritos Joanna de Angelis e Maria Modesto Cravo, já estão retornando à Terra, terão até 70 anos de idade;

b)     Em 2.060 os duzentos mil espíritos altamente evoluídos que reencarnarão em 2.025, segundo informação recebida (e divulgada) pelo respeitabilíssimo médium e orador Divaldo Franco, terão 35 anos de idade;

c)      Em 2.060 os atuais líderes mundiais e indivíduos outros que tendem ao mal ESTARÃO DESENCARNADOS!

Conclusão – VI: No ano de 2.060 estarão habitando a Terra espíritos que, pela sua índole, tem todas as qualidades para habitar um Mundo de Regeneração,   dentro dos limites de tempo em que Kardec afirma que o Espiritismo será Crença Comum.


PARA REFLETIRMOS:

Considerando que nós,  habitantes atuais da Terra:
a) Eventualmente não fazemos parte dos espíritos que nas últimas décadas do século XX iniciaram o retorno a este planeta, com nobreza no coração e espírito de fraternidade; 
b) Com certeza, não fazemos parte dos espíritos altamente evoluídos que reencarnarão em 2.025;
A questão é: Como ficamos nós?

Bem, a oportunidade nos foi dada.
Somos habitantes da Terra num momento muito especial, o que é uma dádiva divina. Esta é grande oportunidade que temos de iniciarmos a reparação dos nossos erros pretéritos. Precisamos com toda nossa força, com toda nossa vontade, com todo nosso empenho, aproveitar desta oportunidade de aqui estarmos habitando este planeta que logo-logo pode nos dar a condição de termos um ambiente onde a tendência ao bem será a tônica. Como alcançarmos esta graça? A única solução é iniciarmos já nossa regeneração espiritual.

Sugiro três passos, para bem aproveitarmos dessa nossa atual existência:

Primeiro Passo:
Valorizarmos e agradecermos ao Mestre Jesus pela oportunidade de estarmos vivendo nossa mais importante encarnação de todas as existências que tivemos.
Sobre a importância da  reencarnação, relembremos o que disse o espírito Emmanuel: “Cada encarnação é como se fosse um atalho nas estradas da ascensão. Por este motivo, o ser humano deve amar a sua existência de lutas e de amarguras temporárias, porquanto ela significa uma benção divina, quase um perdão de Deus”.
Considerando que grande é a fila de seres que querem ter a oportunidade de reencarnar na Terra, e cientes de que poucos conseguem este retorno, então a afirmação acima, de Emmanuel, nos faz refletir como temos que agradecer por termos tido a oportunidade de sermos atuais moradores deste nosso amado planeta. Reflitamos: Por que dentre bilhões de espíritos que habitam as diversas dimensões do nosso planeta Terra, nós fazemos parte do percentual mínimo dos que vivem em sua superfíciejustamente na época da transição para o mundo de regeneração?

Segundo Passo:
Iniciarmos urgentemente um processo de auto-conhecimento.
A base de toda mudança comportamental é  o auto-conhecimento. E aí está a maior dificuldade do ser humano. O auto-conhecimento não é “uma das maiores” dificuldades, é (repito) “a maior” dificuldade do ser humano. Por exemplo, se somos avarentos, dissemos que somos “econômicos”; se somos prepotentes, afirmamos que sabemos reconhecer o nosso valor!
Para nos conhecermos, o Budismo nos ensina dois especiais procedimentos:

Atenção Plena: Que é a arte budista de observarmo-nos incansavelmente, procurando dirigir os olhos para nós mesmos. O que é um hábito que para ser desenvolvido exige esforço e grande força de vontade.

Interiorização: Que é o ato de enfrentarmos o nosso mundo interior e de  admitirmos para nós mesmos a natureza de nossos sentimentos. Isto é, não falarmos “eu nunca sinto mágoa”  ou “a raiva não faz parte de minha vida”. Este proceder de negar nossos sentimentos inferiores chama-se auto-ilusão, um proceder altamente destrutivo. A partir do momento em que admitimos nossos sentimentos inferiores, abre-se uma porta para aprendermos a ter autocontrole e nos dá condição de iniciarmos o processo de mudança.

Complementa a “interiorização” o ato de estudarmos nossas reações perante a vida. Por exemplo: quando alguém nos chama de “incompetente” e sentimos vontade de estrangulá-lo, devemos perguntar a nós mesmos “se sei que sou competente, por que senti tamanha raiva quando meu colega chamou-me de incompetente?”  Assim agindo estaremos nos dando a oportunidade de estudarmos e conhecer o porquê de nossas reações, o que é um importante passo para a mudança de comportamento.

         Os dois procedimentos acima levam-nos a adquirir a maior riqueza que podemos ter: o auto-conhecimento, que é a base do desenvolvimento em todos os campos de nossa vida.
Sobre o tema auto-conhecimento, disse o espírito Ermance Dufaux (livro Mereça Ser Feliz, Editora Dufaux):
Não existe felicidade, sem pleno conhecimento de si mesmo. O mergulho nas águas abissais do mar íntimo é indispensável. E a convivência, nesse contexto, é a Escola Bendita. Saber os motivos de nossas reações frente aos outros, entender os sentimentos e idéias nas relações é preciosa lição para o engrandecimento da alma na busca de si próprio”.

        Terceiro Passo: 
Transformarmos em vivência prática nosso discurso sobre convivência e fraternidade, principalmente em nossa casa espírita.
Sobre o tema fraternidade, disse o espírito Ermance Dufaux (livro Unidos Pelo Amor, Editora Dufaux):
Antes dos projetos ‘além-paredes’, estimulemos a fraternidade, prioritariamente, ao próximo mais próximo, aquele que divide conosco as responsabilidades doutrinárias rotineiras em nossa casa espírita, encetando esforços pela convivência jubilosa e libertadora. Conviver fraternalmente deve ser a essência de nossa causa. O Centro Espírita, Escola das Virtudes Superiores, é oambiente de disciplina e treinamento dos novos modelos de relações (...).”

CONCLUSÃO:
No primeiro semestre do ano de 2.005 ouvi de uma presidenta de determinado Centro Espírita da cidade de São Paulo: “Dentro de nossa casa espírita havia muita intriga, muitas discussões e conflitos improdutivos. Um dia nossa equipe se reuniu e fizemos um acordo, o de sermos fraternos. Isto já faz um ano. Desde aquele dia até hoje, a fraternidade está presente entre nós. Sabe, nós descobrimos que ser fraterno é uma questão de escolha”.

Concluindo, podemos em nosso meio espírita escolher uma das duas opções seguintes:
a)   Sermos iniciadores ou propagadores de conflitos improdutivos entre irmãos do mesmo ideal, como ainda ocorre atualmente, ou
b)   Escolher sermos fraternos, aceitando nossas diferenças, isto é, exercitando a alteridade.

Sermos fraternos é - simplesmente - uma questão de escolha. Então, que nós que temos a dádiva de ter conhecido o Espírito Consolador, possamos  escolher o caminho da fraternidade e, com isto, merecermos ser habitantes da Terra em sua nova e breve etapa: Mundo de Regeneração!

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(*) Em setembro de 2.005 foi editado o que considero um dos mais importantes livros dos últimos tempos. Um livro que resgata Kardec e o Espiritismo. Pela sua qualidade, mereceu o prefácio do admirável espírita baiano Ildefonso do Espírito Santo, um homem cuja vida é exemplo do que é ser espírita e, que, com seu conhecimento e com seus mais de 80 anos de idade, não prefaciaria um livro em que não endossasse o seu conteúdo.
O livro traz textos curtos, educativos e elucidativos de Bezerra de Menezes e Eurípedes Barsanulfo, os quais -os textos - têm a função de mostrar um norte para o espírita e para o movimento espírita. Traz ainda a “Agenda 21”, que a vejo como um dos projetos mais sucintos e objetivos deste especial momento do Espiritismo. A “Agenda 21” foi elaborada pelo confrade espírita pernambucanoCarlos Pereira, Presidente da Associação dos Divulgadores do Espiritismo no Estado de Pernambuco.
O livro, ou opúsculo, tem pouquíssimas páginas, mas é um pequeno-grande livro. Recomendo-o: Livro Atitude de Amor, Editora Dufaux, Psicografia de Wanderley Soares de Oliveira. Pela importância do livro, divulgo os dados da editora, sem constrangimento e com muita alegria: Fone: (31) 3275-3953; E-mail: editora@ermance.com.br
Caso venha a ler o citado livro, provavelmente se motivará para ler o seu complemento: livro SEARA BENDITA (da mesma editora), o qual é importante (e esta é a palavra certa) para quem queira encontrar caminhos para o crescimento interior  e para o arejamento do movimento espírita.  



Alkindar de Oliveira (São Paulo–SP)
Alkindar de Oliveira, Palestrante, Escritor e Consultor de Empresas radicado em São Paulo-SP, profere palestras e ministra treinamentos comportamentais em todo o Brasil. Autor de diversos livros pela editora Truffa.