Uma pesquisa inédita usa equipamentos de última geração para investigar o
cérebro dos médiuns durante o transe. As conclusões surpreendem: ele
funciona de modo diferente.
DENISE PARANÁ, DA FILADÉLFIA, ESTADOS UNIDOS
Estávamos no mês de julho de 2008. Na Rua 34 da cidade da Filadélfia, nos Estados
Unidos, num quarto do Hotel Penn Tower, um grupo seleto de pesquisadores
e médiuns preparava-se para algo inédito. Durante dez dias, dez médiuns
brasileiros se colocariam à disposição de uma equipe de cientistas do Brasil e dos
EUA, que usaria as mais modernas técnicas científicas para investigar a controversa
experiência de comunicação com os mortos. Eram médiuns psicógrafos,
pessoas que se identificavam como capazes de receber mensagens escritas ditadas
por espíritos, seres situados além da palpável matéria que a ciência tão bem
reconhece. O cérebro dos médiuns seria vasculhado por equipamentos de alta
tecnologia durante o transe mediúnico e fora dele. Os resultados seriam
comparados. Como jornalista, fui convidada a acompanhar o experimento. Estava
ali, cercada de um grupo de pessoas que acreditam ser capazes de construir pontes
com o mundo invisível. Seriam eles, de fato, capazes de tal engenharia?
MEDIUNIDADE SOB INVESTIGAÇÃO
Uma médium brasileira psicografa no laboratório do
Hospital da Universidade da Pensilvânia
(Foto: Denise Paraná/ÉPOCA)
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