domingo, 17 de fevereiro de 2013

MENSAGEM PARA FAMILIARES

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 Livro: “Divaldo Franco Responde”    Editora InteLitera, Págs 104 e 105

10.  Não temos como mensurar a dor dos familiares, daquelas pessoas que tiveram parentes que desencarnaram nessas tragédias. O que poderia dizer para confortá-las ?
D. F. : Sigmund Freud, o notável pai da psicanálise, escreveu que a morte é uma dilaceração dos sentimentos, e o espírito Joanna de Ângelis diz-me que, quando a morte arrebata um ser querido, leva também metade daquele que ficou na retaguarda. Muitas vezes, o desencarnado recupera-se com relativa facilidade, mas aquele que ficou com a existência ceifada pela sua ausência experimenta uma dor inominável.
     Eu lhes diria que se recordassem de Jesus descido da Cruz e da dor de Maria contemplando o filho inerme, mas se recordassem também que, logo depois de três dias transcorridos, veio a ressurreição. Os nossos mortos vivem. A saudade do corpo, da convivência, será longa, mas passados esses dias de impacto pior, penso, a dor será mais profunda, porque será aquele espinho cravado na saudade, no sentimento. Então, eu diria como um psiquiatra materialista informou-me oportunamente. Disse-me ele: “Eu não creio na imortalidade da alma. Quando um paciente vem ao meu consultório e fala da perda de alguém pela morte, eu lhe pergunto quanto tempo viveu com o ser querido. E ele me responde: “X anos”. “Então recorde-se” – digo-lhe, por minha vez – “desse largo período de convivência com ele e não lamente a interrupção, evoque as horas felizes e olvide por momento a hora da tragédia”.
     Desse modo, direi a esses pais, a esses filhos, a esses afetos, a todos aqueles que estão vinculados aos que viajaram para o Grande Lar, que logo mais, no momento adequado, quando o fenômeno biológico de cada um de nós interromper-se através da morte, haverá reencontro. Que se programem para esse momento feliz, evocando as horas vividas juntos, fazendo todo o bem possível em memória deles, em vez de os evocar no momento trágico da desesperação, recordando-se, isto sim, da convivência ditosa que foi mantida.

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